A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, acatou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra duas mulheres acusadas de envolvimento no assassinato de Roseli Ribeiro de Melo, 44 anos, ocorrido em fevereiro deste ano, na estrada Nanci. As duas responderão por homicídio triplamente qualificado, cometido por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Elas têm dez dias para responder às acusações.
A magistrada também decretou a prisão preventiva das duas. Segundo ela, há “provas da materialidade e fortes indícios de autoria”, uma vez que as acusadas confessaram o crime. “A segregação se faz necessária para acautelar o meio social, além da credibilidade da justiça e a aplicação da lei penal, em face da conduta criminosa supostamente praticada por elas. Ressalto aqui, o modus operandi empregado pelas denunciadas, as quais, supostamente, premeditaram a ação, levando a vítima para um local ermo, tendo, ainda, tentado deturpar a cena do crime com produtos químicos, demonstrando demasiada ousadia”.
Conforme Só Notícias já informou, as duas mulheres foram presas em cumprimento de ordem judicial (prisão temporária) e confessaram participação no brutal assassinato de Roseli. O corpo foi enterrado em uma vala, na estrada Nanci, e localizado no dia 26 do mês passado por policiais civis. Elas ainda relataram ter jogado soda na vítima, no intuito, de “derreter” o cadáver.
A polícia foi comunicada, em fevereiro, sobre o desaparecimento de Roseli (que residia no Camping Clube) e, após 55 dias, o corpo foi encontrado. Após as prisões, três investigadores e dois peritos acompanharam uma das suspeitas e refizeram o trajeto, onde se encontraram com Roseli e lhe ofereceram carona até o Camping Clube, onde morava. "Seguimos pela MT-220, conversando com ela, normalmente, até chegarmos na estrada Nanci. Ali a matamos com pauladas e facadas e escondemos o corpo na mata", relatou uma das acusadas.