A juíza da 1º Vara Criminal, Rosângela Zacarkim dos Santos, pronunciou o segundo acusado de envolvimento no assassinato de Gerson dos Santos Garcia, 30 anos, em abril de 2012, em uma residência no Jardim Botânico. O mandante do crime, Antônio Nunes da Conceição, foi julgado, no mês passado, e condenado a 16 anos de prisão, em regime fechado, por homicídio e corrupção de menores.
Agora, outro acusado de envolvimento no caso também deverá ser submetido a júri popular. Ele vai responder por homicídio duplamente qualificado, cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, em concurso de pessoas e corrupção de menores. A data do júri ainda não foi definida.
Ao ser interrogado em juízo, o acusado se defendeu e negou participação. Ele relatou que “seu patrão lhe disse que a polícia havia lhe procurado em seu local de trabalho. Que diante disso, compareceu na delegacia para se apresentar e saber o motivo pelo qual a polícia estaria lhe procurando”. O suspeito justificou que, ao chegar na delegacia, acabou preso e a polícia “lhe atribuiu os fatos descritos na denúncia”.
Conforme Só Notícias já informou, a ex-mulher da vítima relatou que o crime teve motivação passional. Segundo ela, Antônio tinha ciúmes de Gerson, com o qual tinha morado junto algum tempo antes. Ele, conforme o relato, teria feito várias ameaças à mulher, que procurou a polícia para denunciar a situação. Em sua versão, a ex-esposa relatou que soube por outras pessoas que Antônio pagou uma quantia de R$ 5 mil, mais uma motocicleta para dois jovens assassinarem Gerson.
Em depoimento, o professor negou envolvimento no homicídio e disse que teve um relacionamento amoroso com a vítima durante oito anos. Relatou ainda que se distanciaram sem qualquer desavença e que aceitou “normalmente” a separação. Ele explicou, no entanto, que foi obrigado a pagar várias contas de Gerson que chegavam em seu antigo endereço, onde haviam morado, e que, por tal motivo, procurou a mulher da vítima para resolver a situação. Negou também ter a ameaçado.
A ex-mulher de Gerson foi a única testemunha presencial do crime. Ela detalhou que dois jovens invadiram o quintal da residência e a obrigaram a deitar no chão. Em seguida, mandaram a vítima também deitar, e um dos suspeitos deu um tiro na testa de Gerson, que ainda tentou levantar, mas foi alvejado na cabeça por mais duas vezes. Ele chegou a ser socorrido com vida pelo Corpo de Bombeiros, no entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu em um hospital.