A juíza da comarca de Tabaporã, Helícia Vitti Lourenço, aguarda o retorno da carta precatória enviada para a comarca de Santo Antônio de Leverger, solicitando o interrogatório do ex-soldado Valtencir Moreira Costa, para dar prosseguimento ao processo do assassinato da advogada Andréa Carvalho Furtado. Somente após o depoimento serão ouvidas as testemunhas arroladas no processo.
Valtencir está preso em Santo Antônio de Leverger. Ele é acusado de matar a advogada, a tiros, no escritório dela, no dia 16 de abril. Testemunhas viram ele entrando e saindo do local. A polícia também apresentou provas da autoria, como projéteis utilizados no crime que possuem as mesmas características dos que foram encontrados dentro da caminhonete do ex-policial.
Na denúncia, o Ministério Público argumenta que “matou, por motivo fútil, utilizando-se de recurso que dificultou a defesa e por meio cruel, com arma de fogo, Andrea de Carvallho Furtado Pereira”.
Após o crime, ele desapareceu. O veículo foi encontrado capotado, próximo da cidade. Valtencir foi preso somente no último dia 08, em Rolim de Moura (RO), mas negou a autoria e disse que fugiu porque ficou com medo de ser incriminado, já que, ao entrar no escritório da advogada, encontrou um outro homem, armado, que ordenou que ele saísse.
A polícia apontou que o motivo do crime pode ter sido vingança. Andrea tinha sido contratada pela ex-mulher do soldado para o processo de separação de corpos e a Justiça concedeu liminar favorável, em que Valtencir foi condenado a pagar pensão alimentícia.