O juiz Victor Lima Pinto Coelho remarcou para o dia 14 de novembro o júri popular de quatro suspeitos de envolvimento no assassinato do microempresário Adelfo Borghezan Peron, ocorrido em 2008, em Vera (65 quilômetros de Sinop). Irão a julgamento a viúva da vítima, dois filhos do casal e a mulher de um deles (nora de Adelfo).
O júri estava previsto para o dia 31 de outubro. No entanto, Só Notícias apurou que, nesta data, o magistrado participará de um evento de justiça criminal. Por este motivo, o juiz decidiu remarcar a data do julgamento. A viúva, os filhos e a nora serão julgados por homicídio triplamente qualificado.
A denúncia do Ministério Público do Estado (MPE) aponta que a mulher e o microempresário viviam um relacionamento “não harmonioso” e que eram recorrentes os episódios em que a acusada afirmava que o “marido fedia” e que iria “dar um fim nele”. Ainda conforme a denúncia, ela teria se aproveitado que Adelfo estava dormindo e desferiu três golpes de faca nele.
Em seguida, de acordo com o MPE, os filhos ajudaram a colocar a vítima, ainda com vida, na caminhonete da família e a levaram até um galpão utilizado para guardar ferramentas. No local, “buscando colorir um cenário de suicídio”, os dois teriam, com a “instigação e auxílio” da mãe, pendurado Adelfo pelo pescoço, causando sua morte por asfixia mecânica.
A denúncia aponta que a nora da vítima teria participado do crime ao ficar responsável pela limpeza do local para impedir a “identificação de eventuais dos vestígios da ocorrência do crime, reforçando os coloridos do suicídio”. Conforme a Promotoria, a denunciada já estava na residência quando a execução foi iniciada com os golpes de faca.
Em alegações finais no processo, os quatro suspeitos pediram pela absolvição ou impronúncia (para que não fossem a júri). Para o juiz, no entanto, “as provas mostraram-se uníssonas no sentido de que, aparentemente, os acusados teriam sido os autores do homicídio pormenorizado na denúncia”.
A polícia informou, na época, ao Só Notícias, que Adelfo Borghezan foi encontrado morto em uma chácara a cerca de oito quilômetros de Vera. Na época, os peritos apontaram que havia muitos sinais que deixavam claro o homicídio, além da cama com manchas de sangue.
Além disso, havia três perfurações de faca no tórax. A faca utilizada no crime também foi encontrada com manchas de sangue. O microempresário era da executiva do partido Democratas (DEM) e bastante conhecido no município.
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