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Juiz marca data para júri e mantém na cadeia acusado de matar esposa no Nortão

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria/arquivo)

O juiz Rafael Depra Panichella marcou para o dia 6 de outubro o júri popular do principal suspeito de assassinar Rosana Patrícia Ferreira, 26 anos. A vítima, que era casada com o acusado, foi assassinada a facadas, em novembro de 2019, na residência do casal, localizada no bairro Sol Nascente, em Tabaporã (190 quilômetros de Sinop).

O réu será submetido a júri popular por homicídio triplamente qualificado, cometido por motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra a mulher em razão do gênero (qualificadora do feminicídio). O suspeito ainda pode recorrer da decisão.

Panichella também entendeu que o réu deverá continuar na cadeia pública de Porto dos Gaúchos (160 quilômetros de Sinop). No ano passado, o magistrado negou dois pedidos da defesa para que o suspeito respondesse ao crime em liberdade.

O juiz ainda decidiu que o júri será realizado de forma híbrida. Desta forma, o acusado será ouvido por videoconferência. A medida visa evitar a propagação do contágio do coronavírus, de acordo com o magistrado.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), Rosana e o acusado viveram juntos por dez anos e tinham dois filhos. No entanto, de acordo com familiares, a relação era conturbada e “permeada por desentendimentos, brigas e agressões físicas” cometidas pelo suspeito.

Conforme a denúncia, o casal iniciou uma discussão, após o acusado ver mensagens no celular da esposa. A mulher, então, teria dito que gostaria de terminar a relação. “Contudo, em dado momento da discussão o denunciado apoderou-se de uma faca e, de forma impiedosa e inesperada, sem que a vítima pudesse esboçar qualquer reação defensiva, desferiu sete golpes na região do pescoço, nuca e clavícula de Rosana Patrícia, ocasionando as lesões que resultaram na morte da ofendida”, consta na denúncia.

Conforme informações registradas no boletim de ocorrência, a vítima foi encontrada pelo irmão do acusado já em óbito. O homem, que foi avisado pelo próprio acusado para ir até a casa, ainda encontrou uma faca suja de sangue em cima de um sofá. O suspeito foi preso horas depois do crime.

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