O juiz Jamilson Haddad converteu em prisão preventiva o auto de prisão em flagrante de Marcos Sergio Scandiani de Paula, acusado de participar de uma quadrilha que atua em roubo a cooperativa de crédito (que presta serviços bancários) em Guarantã do Norte Peixoto de Azevedo, no Nortão, Nova Mutum (Médio Norte) e um banco em Brasília, na modalidade conhecida como novo cangaço. O juiz se convenceu da "autoria e materialidade dos delitos praticados, além da periculosidade do criminoso, para garantir a ordem pública e conveniência da instrução criminal. O acusado responde a vários crimes, de posse ilegal de arma a tráfico de drogas", informa a assessoria do Tribunal de Justiça.
Na denúncia, acatada pela justiça, consta que Marcos e "cúmplices fugiram da Polícia ao serem abordados em um veículo BMW, chegando inclusive a dispararem tiros contra os policiais. Apesar da tentativa de fuga, o acusado, que era o condutor do veículo, foi preso. Em depoimento a um investigador, ele contou ter pagado R$ 125 mil, à vista, pelo veículo importado, dinheiro proveniente de roubos e arrombamentos de caixas eletrônicos, utilizando para isso dinamite".
Ainda de acordo com a assessoria do tribunal, o acusado relatou ainda ter praticado um roubo a uma loja de compra de ouro em Guarantã. No momento da abordagem, o grupo estava indo praticar um roubo a uma garagem de veículos localizada próximo ao trevo da estrada da Guia.
"O indiciado demonstra alta periculosidade, visto responder a outros processos, inclusive por tráfico de entorpecentes, e ter informado ao agente policial que o mesmo, em tese, está envolvido em vários crimes que têm provocado abalo na sociedade e concentração de esforços e dispêndio de dinheiro público por parte do governo junto às forças de segurança deste estado, dentre eles roubos a bancos (fato conhecido como novo cangaço) e que ainda estariam a praticar outro roubo a uma garagem de veículos", sentenciou o magistrado.