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Juiz e diretor da cadeia de Cáceres são ameaçados por bandidos

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O juiz Carlos Roberto de Campos e o diretor da cadeia de Cáceres, Cleiton Norberto da Silva, são ameaçados de morte por presos e seus familiares. A situação foi denunciada à Polícia e pedidos de escolta feitos à Secretaria do Estado de Segurança Pública. Segundo o magistrado da Vara de Execuções Penais, além das ameaças, que começaram em dezembro, ele e a família foram vítimas de atentado. "Tentaram invadir a minha casa e ameaçaram a empresa que faz segurança. Foi uma série de situações que já passei e que já vem sendo investigada pela Polícia". No final do ano, ele chegou a ser escoltado após os ataques.

O diretor Cleiton Norberto da Silva confirmou que as ameaças são feitas por telefone e pessoalmente. Nem mesmo a presença da polícia intimida. "Da última vez familiares de presos me ameaçaram em frente a uma guarnição da PM. Eles disseram que era bom eu andar escoltado mesmo, porque seria necessário. Sem contar os vários telefonemas que recebi nesses 50 dias que estou na direção".

Para o diretor, as ameaças visam intimidá-lo devido a uma série de medidas que tomou para evitar a entrada de drogas, armas e celulares na cadeia, que está superlotada. As 28 celas são ocupadas por 453 detentos, enquanto o espaço é para 230. "Estamos tomando as medidas possíveis para evitar o tráfico dentro da unidade. Revistas estão sendo feitas a cada 2 dias e na entrada das visitas. Não temos raio X, somente detector de metais, e é difícil evitar a entrada de drogas".

Na última revista foram encontrados 32 aparelhos celulares escondidos nas paredes das celas. "Acreditamos que estes aparelhos estavam escondidos há algum tempo, porque estavam em locais de difícil localização e só conseguimos encontrá-los após denúncias anônimas".

Silva também reclama da falta de efetivo. Cada plantão é vigiado por apenas 7 agentes. "Sabemos que a qualquer momento podemos ter uma crise aqui. Um motim ou rebelião. O risco é grande".

A fragilidade na cadeia é denunciada há meses. Primeiro, um laboratório de refino de cocaína foi descoberto nas celas. Depois, veio à tona a entrada de adolescentes para prática de programas com presos. Segundo o diretor, diversas reivindicações foram feitas ao Sistema Prisional e Judiciário, porém, nada foi feito.

O juiz Carlos Roberto de Campos disse que o superintendente de Gestão em Cadeias do Estado esteve em Cáceres nos últimos dias e, após visita na unidade, comprometeu-se em providenciar a transferência de alguns presos.

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