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Juiz determina prisão preventiva de bisavó acusada de enterrar recém-nascida viva em Mato Grosso

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O juiz Darwin Souza Pontes, converteu a prisão em flagrante da mulher, de 57 anos, para preventiva, ontem, durante audiência de custódia, em Canarana (879 Km de Cuiabá). O investigador de Polícia Civil, Jordany Pereira de Souza, confirmou, ao Só Notícias, que a acusada já foi encaminhada para uma unidade prisional em Nova Xavantina por questões de segurança.

A mulher é bisavó da recém-nascida indígena que foi encontrada enterrada viva nos fundos do quintal da residência onde a família reside, no bairro Nova Canarana, no município de Canarana, na última terça-feira, por volta das 21h. A bebê chegou a ser levada ao hospital em Água Boa. Porém, precisou ser transferida para a Santa Casa de Misericórdia, em Cuiabá, ontem à noite. O atual estado de saúde dela ainda não foi divulgado.

A versão investigada é que a criança tenha sido enterrada pela bisavó com o consentimento da mãe, que é uma adolescente, de 15 anos. Os policiais militares e civis receberam a denúncia da situação, começaram a escavar e se surpreenderam com o choro da recém-nascida, que foi salva com vida.

A mulher foi presa e a jovem apreendida por tentativa de homicídio. A mãe e a avó disseram que constataram que a criança teria nascido morta e a enterraram seguindo as tradições indígenas, mas a versão está sendo investigada pela Polícia Civil de Canarana. A adolescente e a mãe dela foram ouvidas e liberadas, mas ainda serão intimadas para prestar esclarecimentos durante o andamento do processo.

Segundo a assessoria da Polícia Civil, a mãe e a avó do bebê contaram que a jovem sentiu fortes dores (contrações) e foi ao banheiro sozinha, momento em que deu a luz a menina. Ao nascer, a criança teria batido a cabeça no vaso sanitário, ocasionando sangramento. "Foi apurado ainda que a bisavó da criança cortou o cordão umbilical do bebê e também foi a responsável por enterrar a recém-nascida. A mulher, de 57 anos, alegou que a criança não chorou e por isso acreditou que estivesse morta e segundo costume de sua comunidade enterrou o corpo no quintal, sem acionar os órgãos oficiais".

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