Serão ouvidos hoje, pelo juiz federal Murilo Mendes, os acusados de extração ilegal de madeira no Parque Nacional do Xingu, Arildo Bona, Cassiano Zimmermann, Gilberto e Gilmar Meyer. As audiências começam às 14h30, na Justiça Federal de Sinop. Os quatro estão presos desde maio no presídio Ferrugem, após ser deflagrada, em toda a região, a operação Mapinguari.
Outros madeireiros, fazendeiros e índios foram presos, entre eles os empresários sorrisenses Nei Frâncio e Luciane Frâncio Garaffa, Reinhard Meyer, Vanderlei Cardoso de Sá, Leandro Balin e João Paulo Faganello, que prestam depoimento amanhã, também em Sinop. Os processos correm na Justiça de Cuiabá, mas foram emitidas cartas precatórias para que os acusados fossem ouvidos em Sinop.
As denúncias que o grupo participava da prática de exploração ilegal de produtos florestais no parque, com apoio de indígenas, foram feitas pelo Ministério Público Federal e a Justiça acatou e processou 48 pessoas, entre eles ex-chefes do Ibama em Sinop, que teriam aprovado planos de manejo florestal falsos para que a madeira fosse transportada e vendida.
Os cálculos da Polícia Federal apontam que o esquema teria resultado, até agora, na retirada de 2.300 cargas de madeira de diversas espécies, da área de reserva. Estas eram vendidas para madeireiras, inclusive de outros Estados.