O juiz plantonista da Quarta Vara Criminal, Mário Augusto Machado, concedeu liberdade às duas mulheres, de 21 anos e 25 anos, sem pagamento de fiança, ontem à tarde, durante audiência de custódia. Elas foram presas em flagrante pelo delegado da Polícia Civil, Carlos Eduardo Muniz e devem responder por abandono de incapaz do menino, de 4 anos, que caiu da janela de um prédio, com aproximadamente seis metros de altura e atingiu um carro que estava estacionado, sábado de manhã, no Jardim Terra Rica.
A criança foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Hospital Regional para receber atendimento médico. Segundo os bombeiros, estava consciente, aparentemente sem fraturas e com escoriações do lado do tórax. De acordo com um soldado, provavelmente o impacto com o carro “amorteceu” a queda, evitando que houvesse mais ferimentos. Não foi confirmado se já recebeu alta.
Testemunhas que também deram suporte ao menino após a queda informaram aos policiais militares que foram até o apartamento, mas não encontram ninguém. Pouco tempo depois, as responsáveis chegaram no local e a Polícia Militar foi novamente acionada.
A mulher, de 21 anos, confirmou que é a mãe do menino e informou aos policiais que havia o deixado com a jovem, de 25 anos, na sexta-feira para ir em uma festa. Ela afirmou ainda que iria buscar a criança até às 9h do sábado. Já a babá afirmou no boletim de ocorrência que neste horário tinha uma prova na faculdade, não poderia faltar e que o acordo para cuidar do menino era até o início da manhã e não até às 9h. Contou ainda aos policiais que a mãe da criança não chegou no horário combinado e que não conseguiu contato com a mãe dele.
Como não podia levá-lo à faculdade, o deixou trancado no apartamento e, quando retornou, não o encontrou mais e ficou sabendo que havia caído do prédio quando encontrou com as testemunhas.
Todas as circunstâncias apresentadas ainda serão investigadas pelas autoridades policiais. As responsabilidades pelo caso serão esclarecidas no decorrer do inquérito aberto pela Polícia Civil.