Até o próximo sábado (06), nos municípios de Juína e Juruena, ambos localizados na região Noroeste do Estado, acontece a “oficina de avaliação e planejamento participativos sobre manejo e comercialização de produtos da floresta”. A oficina tem por objetivo avaliar os resultados obtidos pelo Projeto de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade das Florestas do Noroeste de Mato Grosso, desenvolvido na região através do GEF (Fundo Global para o Meio Ambiente) sob a administração do PNUD-Brasil com apoio da Sema, Prefeituras, associações de agricultores familiares, populações tradicionais e indígenas e, empresários do setor madeireiro.
O projeto, conhecido como GEF-Noroeste, tem como um dos seus braços o Programa Integrado da Castanha (PIC). O projeto é responsável por conciliar geração de emprego e renda e preservação ambiental, ou seja, sem derrubar uma única árvore da floresta amazônica e do Cerrado, conseguiu dar um novo impulso à produção de látex, castanha do Brasil e jóias (bijuteria) da floresta, protegendo com esse trabalho uma área de 11 milhões de hectares, que abrange sete municípios da região: Juína, Castanheira, Juruena, Cotriguaçu, Aripuanã, Colniza e Rondolândia.
A oficina reúne técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), Instituto Chico Mendes, Funai (Fundação Nacional do Índio), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Fórum Matogrossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento e representantes de associações de agricultores, indígenas, trabalhadores rurais e agentes multiplicadores, que estão identificando os pontos positivos e os gafalos das experiências em desenvolvimento na região.
A partir daí, os técnicos vão definir estratégias para melhorar a articulação entre as várias experiências em andamento visando a continuidade das ações de gestão, manejo e comercialização dos produtos da floresta.
Uma das questões que estão sendo discutidas durante a oficina é a ampliação do acesso dos produtos provenientes da floresta ao mercado, para isso, o Projeto conta com a parceria de vários órgãos públicos e privados.
A produção de látex, por exemplo, na comunidade indígena Rikbaktsa, recebe o apoio da Petrobras e da Michelin. Em 400 mil hectares, 170 famílias de 34 aldeias já estão envolvidas na atividade extrativista.