O Juvam – Juizado Volante Ambiental – encontrou nas parcerias uma solução para dar utilidade aos produtos apreendidos em ações de fiscalização. Dessa forma, o Judiciário de Mato Grosso consegue mostrar que a função da Justiça não é apenas punir, mas principalmente compensar o dano causado ao meio ambiente. Nesse sentido, as madeiras apreendidas viram pontes na zona rural, coberturas de pontos de ônibus e até mesmo bancos de praças. Pescados confiscados em época de piracema são doados para entidades filantrópicas. Já as multas pelo porte ilegal de produtos ambientais ajudam nos projetos coordenados pelo poder público, nas reformas de entidades e também na recuperação do meio ambiente.
Para garantir resultado eficaz nos embates travados com os agressores da natureza, o Juvam procura envolver crianças e adolescentes em trabalhos de preservação, como plantio de árvores e restauração de áreas depredadas. O intuito é que a preservação seja aprendida de forma natural. Mas a luta do Juvam não é só contra a depredação do habitat. Outra frente atacada é a poluição sonora, causadora de várias doenças da vida moderna. O Juizado conseguiu, no início de 2005, a parceria da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Cuiabá (Smades) e, conseqüentemente, a ampliação do atendimento no combate ao som alto.
Neste período, também foi criado o disque-silêncio, que atua ostensivamente nas chamadas referentes à poluição sonora. Caso haja infração, o caso é encaminhado à Delegacia da Natureza e mais tarde ao Juvam para que seja proferida a sentença.