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Judiciário debate implantação de projeto de reciclagem em presídios

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O poder Judiciário de Mato Grosso, numa ação desenvolvida pela Corregedoria Geral da Justiça, iniciou as discussões sobre a possibilidade de um novo projeto de reinserção social dos reeducandos e também dos egressos do sistema prisional mato-grossense: o trabalho com reciclagem de materiais comumente jogados no lixo. A novidade foi discutida em reunião com participação do corregedor-geral da Justiça, desembargador Orlando de Almeida Perri, e do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado. O encontro, coordenado pela juíza auxiliar da Corregedoria, Selma Rosane Santos Arruda, foi realizado na sede do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

“Vamos trabalhar em parceria com a Sejusp e demais secretarias de Estado no sentido de implantar mais um projeto dentro das unidades prisionais, de forma a beneficiar tanto o reeducando que se encontra dentro da unidade prisional quanto o egresso do sistema prisional”, afirmou o desembargador Orlando Perri. Já o secretário Diógenes Curado explicou que a Fundação Nova Chance, criada no âmbito do Executivo Estadual, vai trabalhar em parceria com o Judiciário no desenvolvimento do projeto. “A parceria público-privada é muito importante, pois nosso projeto é muito amplo na área de ressocialização. Nossa meta é que cada presídio seja uma micro-empresa e, para isso, parcerias são fundamentais”, ressaltou.

No encontro, o diretor do Centro de Capacitação em Reciclagem do Estado de Mato Grosso, Antonio Carlos Cabral Amaral, representante de uma ONG com ações nacionais e internacionais, fez uma completa apresentação sobre as possibilidades de uso dos materiais descartados na natureza, que contribuem para a preservação ambiental e também para a formação de renda às pessoas necessitadas.

“Valorizamos o lixo para que ele chegue limpo à indústria, pois canalizamos o processo de reciclagem para a industrialização. Todo tipo de material é reciclável e os reeducandos podem participar desse projeto de reciclagem. É um trabalho de resgate social, em que é possível dar emprego e tirar as pessoas da marginalidade”, afirmou. Dentre os produtos fabricados com material reciclados estão roupas, telhas, cerdas de vassoura, cones de trânsito etc.

Presente à reunião, o secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), Jean Estevan Campos Oliveira, afirmou que o Executivo vai se esforçar a fim de contribuir para a melhor qualificação dos reeducandos. “Nossa proposta é concentrar mecanismos para possibilitar não só a ressocialização, mas também para a geração de renda para o reeducando e sua família, além de preservar o meio ambiente. E queremos que essa renda tenha continuidade após a saída do reeducando do sistema prisional”, assinalou.

Representantes do Executivo e Judiciário voltarão a se reunir para dar continuidade à discussão, com intuito de elaborar propostas concretas de novos projetos a ser implantados nas unidades prisionais.

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