sábado, 27/abril/2024
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Jovem que era de Lucas do Rio Verde e já foi modelo vive hoje na cracolândia em SP

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A história de uma jovem de Lucas do Rio Verde foi destaque na edição semanal da revista Veja. Loemy, 24 anos, saiu de Mato Grosso em 2012 e foi tentar a carreira de modelo em São Paulo. Há dois anos ela mora nas ruas da Cracolândia, onde luta contra si própria para largar o vício e retomar a vida. Loira, magra, 1,79 de altura, olhos verdes, ela não consegue passar despercebida. “Alguns de seus traços de beleza ainda resistem, apesar das cicatrizes no corpo. Tem os joelhos feridos e os pés rachados pelo tempo dormido na rua. Os dedos estão queimados, de tanto acender os cachimbos de crack. A jovem vive no lugar há mais de dois anos, mas poucos sabem quem é. Arredia e desconfiada, sempre rejeitou o contato de pessoas que não fossem os próprios viciados. Só mais recentemente deixou que assistentes sociais e voluntários de ONGs que atuam no local se aproximassem para lhe oferecer banho e comida”, cita a reportagem.

Filha de uma empregada doméstica e um garimpeiro, a jovem trabalhava como modelo e fazia divulgação de eventos. Até que um olheiro a incentivou a tentar a carreira em São Paulo. Faltou maturidade e as coisas começaram a dar errado. Consome atualmente cinco pedras de crack por dia, em média. Cada uma custa 10 reais. Muitas vezes, ela se prostitui para conseguir o dinheiro. “Mas não faço nada sem preservativo, vim parar aqui com a consciência formada, pelo menos”, afirma. “Vejo muita menininha doente ou com filho.” Uma época, recebia a droga de graça dos traficantes. Além da beleza, o jeito educado e cativante ajudava.

Acostumada a andar sempre maquiada e arrumada, ela deixou a vaidade de lado. “Não me olho no espelho, senão eu choro, me deprimo mais.” Várias pessoas tentaram tirá-la da Cracolândia. Um conhecido dos tempos das agências a visita quinzenalmente, oferecendo comida e banho. Certa vez, ele alugou um quarto em um hotel para que Loemy ficasse no lugar para se recuperar, mas a jovem voltou a dormir na rua.

Em outra ocasião, o mesmo amigo pagou uma passagem para que a ex-modelo voltasse apra Mato Grosso. A garota ficou por poucos meses. Envolveu-se com traficantes do local, que a juraram de morte, pegou uma carona escondido da mãe e voltou às ruas de São Paulo. Em junho do ano passado, sua mãe esteve na metrópole tentando resgatar a filha. “Loemy queria que eu ficasse, mas não tenho condições financeiras. Toda a minha vida, o meu sustento, está em Mato Grosso”, disse ela. “Já tentei interná-la, mas não deu certo. Toda noite fico de joelhos e oro por duas horas, pensando quantas noites ela não dorme com fome. A única solução é conseguir um tratamento em São Paulo”, entende Elizabeth, que é fiel da igreja evangélica Congregação Cristã no Brasil.

 

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