O ex-governador Jaime Campos (PFL), candidato ao Senado pela coligação Mato Grosso Unido e Justo, anunciou, em entrevistas à TV Record (Canal 10) e à Rádio CBN (Gazeta), que uma de suas primeiras batalhas no Congresso Nacional será pela reforma política. Ele classifica como ‘clausulas pétreas’ dessa reforma a fidelidade partidária e o financiamento público de campanhas eleitorais.
“Sou favorável à fidelidade partidária, porque o homem público deve ter sua identidade com uma determinada agremiação e trabalhar para que ela cresça em discussões com a sociedade organizada em busca de melhores condições de vida”, justifica ele, que há mais de duas décadas milita na Frente Liberal.
O ex-governador avalia que o financiamento público das campanhas eleitorais, num primeiro momento, seria o melhor caminho para permitir que todos os candidatos a cargos eletivos concorressem em condições de igualdade. “Serviria ao menos para iniciar uma discussão para aprimorar o sistema político”, observa, por considerar que a busca por recursos para as campanhas eleitorais contribuiu para o surgimento de escândalos em nível nacional.
Jaime considera um atentado à inteligência do eleitorado a existência, hoje, de 39 partidos políticos em condições de disputar as eleições. Ele reconhece que a ‘cláusula de barreira’ já irá se encarregar de expurgar parcela considerável dos partidos considerados siglas de aluguel e de barganha. Ele lamentou que muitos dirigentes partidários tenham transformado seus partidos em balcão de negócio, inclusive ‘comprando’ espaço no horário eleitoral gratuito de rádio e TV. “Isso é uma excrescência”, completa Jaime.