Um racha no PPS está cada vez mais próximo e a prova disso foi o registro da pré-candidatura da vice-governadora Iraci França. Ela se candidatou a vice na chapa do governador Blairo Maggi e provocou uma discussão interna, uma vez que o PPS tem outro forte candidato a vice: o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot.
A executiva regional se reuniu ontem à noite, para tentar buscar o consenso entre os dois postulantes. Segundo A Gazeta, as discussões prosseguiam até às 22 horas. Diante do impasse, a maioria dos dirigentes socialistas defendeu a necessidade de Maggi interferir no processo.
Iraci lembrou que, há dois anos, seu nome vem sendo lançado pelas bases do PPS e que, em respeito a essa manifestação, não poderia deixar de registrar a sua pré-candidatura. Ela, no entanto, lembrou que sempre trabalhou e ajudou o governo Maggi com lealdade e observou que, no PPS, existe apenas um grupo, que é do governador.
Na avaliação dos dirigentes socialistas, a reunião da executiva serviu para amenizar os ânimos e abrir portas para o entendimento entre os defensores da candidatura de Iraci e os que querem ver Pagot como vice de Maggi. Depois de mais de três horas de discussão, havia consenso da importância da manutenção da unidade do PPS e, dessa forma, ajudar na reeleição do governador.
A reunião contou, além de Iraci e Pagot, com a presença do presidente do partido Percival Muniz, os deputados Sérgio Ricardo, Pedro Satélite, Mauro Savi e João Malheiros, o ex-prefeito de Cuiabá, Roberto França, os prefeitos de Rosário Oeste, Zeno Gonçalves, e de Várzea Grande, Murilo Domingos, secretários de Estados e vereadores.