A Secretaria de Estado de Saúde instaurou três processos administrativos contra o Instituto Pernambucano de Assistência Social (Ipas). O objetivo é de apurar possíveis irregularidades na execução dos contratos de gestão que concedeu a Organização Social de Saúde (OSS) a administração dos hospitais metropolitano de Várzea Grande e regionais de Alta Floresta e Colíder.
Nos três procedimentos foram nomeados três servidores que terão prazo de 60 dias para analisar a situação e emitir um parecer sobre o caso. O governo do Estado, por meio da secretaria, já havia rompido o contrato com esta organização em abril deste ano. No mês passado, a secretaria determinou a intervenção destas unidades por inúmeros problemas.
O principal problema constatado nos hospitais de Colíder e Alta Floresta foram atrasos nos pagamentos dos salários dos profissionais da saúde. Em Alta Floresta, foi necessários os médicos e enfermeiros pedirem ajuda do Ministério Público Estadual para ingressar com ações na justiça para garantir o recebimentos dos vencimentos, que chegaram a ficar atrasados mais de três meses.
A secretaria estadual formou uma Comissão Permanente de Contratos, que constatou inadimplência por mais de 120 dias do Ipas com fornecedores, prestadores subcontratados pela Organização Social de Saúde no caso específico o Corpo Clínico dos hospitais e também o não pagamento de água, luz e materiais hospitalares. Este fato acabou gerando a revolta dos servidores das unidades do Nortão, que por vários dias atenderam somente casos de urgência e emergência.
Com a intervenção, o Estado assumiu todos os compromissos administrativos e os hospitais voltaram a funcionar paulatinamente com o restabelecimento de todos os serviços médico-hospitalares.