O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou ontem os dados do desmatamento registrado em julho na Floresta Amazônica. Por um lado, houve aumento do índice na comparação com junho. Mas na análise dos números, do mesmo período do ano passado, houve redução. Em julho, deste ano, foi registrado área de 485,1 km2 de Floresta Amazônica que sofreu corte raso ou degradação progressiva. Em junho, o desmatamento ficou em 243,7 km2. Já na comparação com julho de 2009, o desmate foi de 836,4 km2. Uma redução de 42% entre os meses dos dois últimos anos.
Segundo dados do sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), Pará e Mato Grosso foram os estados que mais contribuiram para o desmatamento em julho com com 237,9 km2 e 102,2 km2, respectivamente. Rondônia (70 km2), Amazonas (46,9 km2), Maranhão (22 km2), Acre (4,5 km2) e Tocantins (1,6 km2) são os demais estados responsáveis pelo número total.
Dos 836,4 km2 registrados em julho de 2009, o Pará registrou área desmatada de 577 km2, Mato Grosso 123,7 km2, Amazonas 46,9 km2, Maranhão 37,6 km2 e Rondônia com 34,5 km2.
Municípios
O Inpe apontou que destes 485,1 km2 desmatados em julho, o município de Altamira (PA) foi o que mais contribuiu com 63,9 km2. Sinop aparece como o sétimo município que mais destamatou em julho com 24,7 km2 e o primeiro considerando somente Mato Grosso, a frente de Vila Rica (18,6 km2), Juína (17 km2), Guarantã do Norte (16,7 km2) e Alta Floresta (5,8 km2).
No ano, até o dia 31 de julho, o Pará registrou 470,5 km2 de desmatamento. Já Mato Grosso vem logo atrás com 410,4 km2. Rondônia (100,4 km2) e Amazonas (84,4 km2) são os principais estados com registros de desmate da Floresta Amazônica.
Queda
Na comparação entre junho de 2009 a julho de 2010 com o mesmo período de 2008/2009, houve uma queda de 48% no desmatamento na região amazônica. Enquanto em 2007/2008 o Deter apontava desmate de 4.375,15 km2, no período de 2009/2010 foi registrados 2.295,87 km2.