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Índios ameaçam trancar BR-163 na 2ª feira para protestar contra ferrovia Sinop-Miritituba

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Só Notícias/Cleber Romero (foto: arquivo/assessoria)

O responsável pelas relações públicas do Instituto KABU – Mẽkrãgnõtire, Doto Takak-ire confirmou, em entrevista, ao Só Notícias, que um grupo de ao menos 40 índios deve bloquear a rodovia federal, num trecho na região de Novo Progresso (597 quilômetros de Sinop), na próxima segunda-feira (17). Ele explicou que a via só será liberada para passagem de ambulâncias com pacientes e não há prazo para terminar o manifesto contra o projeto da ferrovia Sinop-Miritituba, a “Ferrogrão”, que deve receber R$ 8,4 bilhões em investimentos privados.

“Tem data prevista para fechar, mas não para liberar. Vamos reivindicar defesa da floresta para o governo (Federal) cumprir o direito que temos sobre a rodovia. A Ferrogrão quando o governo começou fazer o estudo não nos consultou. Só tivemos uma promessa e não fizeram consulta prévia livre. Além disso, todas às vezes que pedimos voos levam de dois a três dias para tirarem (da aldeia) os pacientes. Também não temos profissionais suficientes para tender os índios”, apontou Takak-ire.

Doto afirmou ainda que a liberação da rodovia ficará condicionada com a resolução dos problemas. “Queremos provocar encontro com representantes da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Ministério da Infraestrutura e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)”.

Conforme Só Notícias já informou, o governo federal recebeu, esta semana, representantes do Fundo Soberano da Arábia Saudita para apresentar os principais projetos econômicos de desenvolvimento e infraestrutura que estão em andamento no país. O Ministério da Infraestrutura participou do encontro virtual e apresentou o projeto da Ferrogrão.

O Ministério afirmou que o projeto da ferrovia tem importância estratégica para o Oriente Médio, já que o Brasil é o maior exportador de produtos agropecuários para a região e a nova linha férrea irá escoar boa parte dessa produção, como a soja e o milho cultivados na região Centro-Oeste. Segundo a assessoria da pasta, os representantes do Fundo ficaram satisfeitos com as explicações dadas e mostraram-se abertos a novas conversas para possíveis investimentos nos projetos brasileiros.

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