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Índios mantêm bloqueio e impedindo tráfego de veículos na BR-163 no Pará

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Cerca de 80 índios da etnia Munduruku continuam com o bloqueio, na rodovia federal, nas proximidades da cidade paraense de Miritituba (994 quilômetros de Sinop). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, apenas ambulâncias com pacientes estão podendo passar. Os demais veículos estão impedidos de trafegar.

De acordo com uma das representantes do movimento, Alessandra Munduruku,  o índios são contra construção de hidrelétricas e cobram demarcação das terra aos povos indígenas. “O manifesto é contra as ações do ministro da Justiça [Osmar Serraglio]. Ele está tirando autonomia da Funai e não queremos  hidrelétricas nas nossas terras. Além disso, não foi feito uma consulta com o povo munduruku. Eles acham que podem tirar nossas terras de dar para os grileiros, fazendeiros e estrangeiros. Não estamos sendo respeitados. O que é importante para nós é o rio limpo e as nossas terras. Fechamos a rodovia para podermos ser ouvidos pelas autoridades do país. A interdição é por tempo indeterminado. Enquanto não ocorrer fortalecimento da Funai, que é único órgão que nós protege e faz as demarcações das nossas terras. Não podem invadirem os nossos direitos”.

A interdição começou, ontem à tarde. Os índios montaram pelo menos duas barreiras com pedras e bloquearam a passagem dos veículos. De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), os indígenas e ribeirinhos são contra o leilão de 295 mil hectares de floresta para exploração madeireira. A área na qual o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e o Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio) pretendem legalizar a exploração de madeira contém sítios arqueológicos e é onde indígenas e ribeirinhos do Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Montanha e Mangabal caçam, fazem seus roçados e pescam de maneira tradicional.

No último dia 5 do mês passado, cerca de 60 indígenas ocuparam o pátio da Câmara de Itaituba (PA). Eles realizaram um manifesto onde ocorreria uma audiência pública para discutir o leilão deste área. Devido ao movimento, a audiência acabou sendo cancelada. “Foi aberto o edital da concessão e não fomos consultados, nem os ribeirinhos e nenhum dos povos indígenas afetados”, explicou Irleuza Robertinho, através da assessoria.

Segundo o Cimi, a audiência seria parte do processo de concessão das Florestas Nacionais (Flonas) Itaituba 1 e 2, a primeira vizinha e a segunda integralmente sobreposta à Terra Indígena Sawre Muybu. Sob ameaça de hidrelétricas, mineradoras e madeireiros, a demarcação desta terra tem sido uma das principais lutas dos Munduruku nos últimos anos.

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