sexta-feira, 17/maio/2024
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Índios fazem 32 reféns no Parque do Xingu próximo a Colíder

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Trinta e duas pessoas, posseiros, estão sendo mantidas reféns por um grupo da etnia Kayabi, na aldeia Cururuzinho, que fica no Parque Nacional do Xingu, desde o começo da semana. Entre os reféns estão crianças. A informação é do administrador da Funai em Colider, Megaron Txurracamãe.

Os posseiros são mantidos reféns em represália a invasão de suas terras. Cobram também a emissão de laudo que comprova a posse tradicional da área situada no Baixo Rio Teles Pires, entre Mato Grosso e Pará.

Os Kayabi aguardam pela assinatura da portaria de demarcação da terra para retornar à área de onde foram expulsos com a colonização.

A assessoria de imprensa da Funai, em Brasília, informou ao jornal A Gazeta que o administrador do parque, Paiê Kayabi e outros dois representantes da etnia, Maruê e Macu Kayabi, foram para o local ontem pela manhã negociar a libertação dos reféns. Os índios querem a presença do presidente do órgão, Mércio Pereira e de representantes da Procuradoria da República em Mato Grosso.

Megaron disse que na quinta-feira (15), duas crianças que eram mantidas em cárcere foram libertadas. Os demais reféns permanecem em meio a 200 índios que integram a aldeia, situada a cerca de 200 km de Colider. Megaron disse também que os Kayabis utilizam carabinas e que os reféns não estariam amarrados. Uma equipe da Polícia Federal é esperada na região.

O Parque Nacional do Xingu foi criado em 1940 e abriga cerca de 4 mil índios de 14 etnias, e sofre com a ação de madeireiros que exploram a área. Por lei, as terras indígenas são áreas de preservação que não podem ser desmatadas.

Essa já e a segunda ação dos Kayabis em que pessoas são mantidas reféns. Em 2003, seis funcionários de uma fazenda do grupo canadense Brascan ficaram sob a mira de armas manipuladas por eles. Na época, os índios argumentaram que o grupo canadense havia rompido acordo feito delimitando a área da fazenda dentro da reserva.

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