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Índios exploram diamantes em RO e MT; iminência de conflitos

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Foi se o tempo que os índios, os primeiros habitantes do Brasil, sobreviviam apenas da caça, pesca e de suas plantações. Os “brancos” portugueses, quando “descobriram” o nosso país trouxeram com eles a gana pelo ouro e pela prata. Esse sentimento criou raízes por aqui e mais de 500 anos depois encontramos os resquícios dessa cultura em várias tribos e regiões do país, seja em Brasília ou nos cantos mais remotos do Brasil. Recentemente, foi noticiado na mídia nacional que índios Cinta Larga, da Terra Indígena Roosevelt, em Rondônia, estavam explorando diamantes na região. O assunto foi parar no Congresso Nacional, mas deu uma esfriada nas discussões.

Nesse meio tempo, a atividade ilegal voltou a ser praticada a todo vapor. Em uma sociedade informal com garimpeiros, os Cinta Larga estão fazendo da exploração do minério uma grande fonte de renda. Pedras e mais pedras preciosas estão sendo exportadas para países da Europa e para os Estados Unidos. O esquema é liderado pelos caciques, chefes das tribos indígenas, que negociam com os garimpeiros a entrada e saída das reservas indígenas. Cabe aos garimpeiros fazer o contato dos caciques com os traficantes de pedras preciosas.

Os caciques liberam a entrada dos garimpeiros e ainda auxiliam no translado. Existem inúmeras rotas clandestinas nas florestas que dificultam o trabalho da polícia. Além de ser proibida a exploração de diamantes em áreas indígenas, no estado de Rondônia a atividade também é vedada, por isso a cidade de Juína, interior de Mato Grosso, é a base para “lavar” as pedras preciosas. Segundo estudos, existem pelo menos 28 jazidas de diamantes na Terra Indígena Roosevelt.

O esquema vem rendendo bons resultados, prova disso é que os caciques que lideram o esquema de extração ilegal estão enriquecendo e já abandonaram suas aldeias. Os símbolos da riqueza dos caciques são suas luxuosas camionetes importadas e grandes mansões. Segundo relatos de policiais que investigam o problema na região, existem até aviões que são usados no esquema.

Outro grande problema da exploração são os conflitos entre índios e garimpeiros. O caso mais famoso aconteceu no ano de 2001, quando os Cinta Larga promoveram uma chacina matando 29 garimpeiros que atuavam sem autorização dos caciques. Ninguém foi responsabilizado pelo crime. Hoje, a região também passa pelos mesmos problemas. Vários garimpeiros invadem as terras e se recusam a pagar as taxas exigidas pelos caciques. Novas chacinas podem acontecer a qualquer momento.

Colaborou Valdemir Roberto

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