Os índios Enawenê Nawê se reúnem amanhã com chefes do Ibama e Funai, além do Ministério Público para acabar com a ocupação do canteiro de obras da pequena Central Hidrelétrica, em Sapezal, e liberar os 350 funcionários. As etnias Paresi, Mi-Ki, Rikbatsa e Nambiquara também vão participar das discussões com o vice-presidente e diretor de Assistência da Funai, Aloysio Guapindaia e do procurador da República Mário Lúcio Avelar, representando o Ministério Público Federal, os superintendentes da Casa Civil, Sema e o prefeito de Sapezal.
O protesto é contra a forma de distribuição da compensação financeira para comunidades afetadas com a construção das PCHs – que no caso é repassado para a Funai e depois revertido em benefícios das referidas etnias. Os índios cobram a realização de um estudo de distribuição paralelo, por parte dos órgãos competentes.
No final de semana, os índios ‘recepcionaram’, algumas equipes que foram participar das negociações, armados com arco e flecha, inclusive atingindo alguns veículos. A Polícia Militar acompanha o processo, sem intervir, para evitar um confronto e garantir a integridade dos reféns.
Os trabalhadores das usinas estão sendo mantidos no pátio da empresa. Foi autorizada a entrada de comida para os reféns e a garantia, de que caso seja necessário, será permitida a entrada de ambulância no local.