O índice baixo de vacinação contra brucelose no rebanhos de fêmeas, em Lucas do Rio Verde, deve ser revertido com a intensificação da fiscalização do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea). O chefe da unidade, Alberto Magno Leichweis, disse, ao Só Notícias, que todas as propriedades do município devem ser vistoriadas pelo instituto.
“A vacinação contra brucelose é obrigatória desde 2003, mas não intimidava os pecuaristas já que não resultava em multas e bloqueios para quem não a realizasse”, argumentou Leichweis. Mas ele alertou que desde o mês de julho deste ano a vacina também se tornou obrigatória para liberação de Guias de Trânsito de Animais (GTA), o que está resultando numa maior conscientização do setor.
A partir de 2007 os pecuaristas que não vacinarem os rebanhos contra a doença também serão punidos. A vacinação contra brucelose é feita em dose única, somente em fêmeas de 3 a 8 meses. Todos os anos são realizadas duas etapas da campanha. Em Lucas do Rio Verde o rebanho que deve ser imunizado é considerado baixo. São duas mil femêas nesta faixa etária.
O coordenador também orienta os pecuaristas que a vacina deve ser feita por profissionais capacitados, já que tem grande risco de contaminação humana. A brucelose é uma doença que atinge o sistema reprodutor das fêmeas causando aborto, esterilidade e infertilidade.
Nas pessoas que ingerem a carne contaminada também causa dores musculares, renais e de próstata. A descontaminação é feita com antibióticos. A maior forma de contaminação da doença se dá por fetos abortados, descargas vaginais de fêmeas infectadas e alimentos contaminados.