Enquanto o número de atendimentos a incêndios florestais caiu 53%, o Corpo de Bombeiros de Nova Mutum registrou aumento de 86,7% nas ocorrências em terrenos urbanos. O comparativo foi em relação ao mesmo período (janeiro a setembro) do ano passado. Os incêndios tiveram maior incidência em julho e agosto. Foram registrados um em fevereiro, três em junho, nove em julho, nove em agosto e seis em setembro.
São muitas as pessoas que ainda recorrem à condenável prática de atear fogo na vegetação seca de terrenos baldios, de praças não urbanizadas e nos resíduos vegetais, alegando que o fogo é bom para a limpeza dos terrenos, mas deixam de levar em conta os efeitos danosos, principalmente a degradação da qualidade do ar. Além de aumentar a temperatura com o aquecimento global, a queima traz problemas respiratórios para a população.
Mais de 70 produtos químicos já foram identificados na fumaça resultante das queimadas, sendo que muitos desses produtos são tóxicos ou têm ação cancerígena.
As queimadas lançam na atmosfera gases tóxicos tais como aldeídos (vários), dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio e monóxido de carbono. Sob a ação da irradiação solar, o monóxido de carbono, na presença de óxidos de nitrogênio e outros produtos orgânicos (hidrocarbonetos), sofre reação química formando ozônio (O3), que é um gás extremamente tóxico e irritante para as mucosas e o aparelho respiratório.