sábado, 1/junho/2024
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Idosa morre após cair em fossa em abrigo na capital

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Maria Ribeiro Santos, 73 anos, morreu após cair em uma fossa na Fundação Abrigo Bom Jesus, ontem. A presidente da instituição, Cleide Miranda de Oliveira, explicou que a vítima sofria de problemas psiquiátricos. Ela chegou à fundação em 1999 encaminhada pelo Hospital Adauto Botelho. O Instituto Médico Legal (IML) não divulgou o laudo com a causa do óbito.

No dia do acidente, Maria acordou no mesmo horário e tomou café da manhã junto com os outros internos. Os funcionários notaram sua ausência e, em seguida, acionaram o Corpo de Bombeiros que, uma hora depois, encontrou ela caída na fossa ao lado da cozinha.

De acordo com Cleide, Maria já desapareceu dentro do próprio terreno da fundação algumas vezes. “Na semana passada chamamos os bombeiros para ajudar nas buscas, no final do dia ela apareceu toda cheia de lama. Não sabemos se Maria bateu a cabeça ou se passou mal. Foi um incidente e não um fato de negligência".

Diante da falta de estrutura para atender para atender idosos com problemas mentais, a instituição acionou o Ministério Público Estadual (MPE) no dia 2 de fevereiro para encaminhar essas pessoas para tratamento no Hospital Adauto Botelho. Infelizmente a fatalidade ocorreu antes tratamento. Durante todo esse tempo, Maria não recebeu visitas de familiares.

Maria Ribeiro Santos foi encaminhada ao abrigo pela Delegacia Metropolitana. Antes disso, vivia na rua e já teria sofrido violência sexual. Segundo o médico psiquiatra Alberto Carvalho de Almeida, Maria sofria de doença mental crônica e não tinha condições de sobreviver sozinha.

Além dela, a instituição abriga desde outubro de 2015 a idosa M.A.G. 63 anos que sofre de transtornos psicológicos e é agressiva. “Ela já tentou bater em outros idosos, xinga os funcionários e já desafiou até a polícia. Não temos condições nem estrutura para cuidar dela, por isto informamos ao MPE”.

Atualmente 96 idosos vivem no abrigo que possui capacidade para atender 130. Segundo a direção, a maior parte dos internos foi abandonada pela família. Quarenta e seis funcionários, além dos voluntários, atuam todos os dias na instituição.

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