O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) na região metropolitana do Vale do Rio Cuiabá, composta pela capital, Várzea Grande, Santo Antônio de Leverger e Nossa Senhora do Livramento, aumentou nos últimos dez anos. A constatação é do novo Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras. Em 2000, a área apresentava índice igual a 0,668, situando-se na faixa de Médio Desenvolvimento Humano. Já em 2010, subiu para de 0,767, passando para a faixa de Alto Desenvolvimento Humano.
Só Notícias apurou que o IDHM Educação, em 2000, era 0,533, passando, em 2010, para 0,700. O de Longevidade era de 0,766 e foi para 0,834. Já o de Renda saltou de 0,729, para 0,773. “Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais evoluiu, em termos absolutos, foi a dimensão Educação, que registrou um aumento de 0,167”, consta no estudo.
No Atlas também foram detalhados separadamente as Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs) – áreas menores que bairros nos territórios mais populosos e heterogêneos, mas iguais a municípios inteiros quando estes têm população insuficiente para desagregações estatísticas. Em 2000, 15% delas encontravam-se na faixa de Muito Alto Desenvolvimento Humano, enquanto 24% apresentavam Alto Desenvolvimento Humano. “Em 2010, essas proporções correspondem, respectivamente, a 36% e 36%. No mesmo período, o percentual de UDHs nas faixas de Baixo e Muito Baixo Desenvolvimento Humano passou, respectivamente, de 27% e 6%, para 0% em ambos os casos, não havendo UDHs nessas faixas em 2010”.
O estudo ainda aponta que a região foi criada em 2009 pela Lei Complementar Estadual no 359/09 e possui área de 21.545 km2, destacando com base nisso o fluxo populacional. “Em 2010, a RM do Vale do Rio Cuiabá possuía um grau de urbanização de 96% e cerca de 27% da população estadual residia na RM. A população do município-núcleo da RM, Cuiabá, correspondia, em 2010, a 66% da população metropolitana. A taxa de crescimento[…] , foi de 1,39% ao ano”.
O Atlas é fruto de uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP). Os dados são calculados com base nos Censos Demográficos de 2000 e 2010, do IBGE.
O IDHM brasileiro considera as mesmas três dimensões do IDH Global – longevidade, educação e renda.