A Polícia Civil identificou a mãe da criança recém-nascida, do sexo feminino, encontrada em uma caixa de papelão, no dia 13 deste mês, no Distrito Industrial do município de Campo Verde. A funcionária de uma empresa, que inicialmente afirmou ter encontrado o bebê, é a mãe da recém-nascida. A jovem, 18 anos, foi ouvida, esta tarde, antes de passar por um procedimento de curetagem.
Na última sexta-feira, a jovem, ao prestar informações como testemunha, na delegacia, contou que havia encontrado o bebê, dentro de uma caixa de papelão, ao lado de uma lata de lixo, quando saía da fábrica, em que trabalha, na região do Distrito Industrial.
No final de semana, durante investigações sobre o caso, policiais trabalharam a informação passada pela mulher e nas diligências descobriram que ela era a mãe da criança e que tinha dado à luz ao bebê dentro da empresa em que trabalha.
Durante depoimento na Polícia Civil, a mulher confessou que teve o bebê no dia 7 de outubro, sozinha e sem ajuda. Segundo ela, a criança nasceu dentro do banheiro da empresa e ela mesma arrebentou o cordão umbilical quando puxou o bebê. A mulher contou ao delegado Mario Santiago, que durante uma semana a recém-nascida passou as noites sozinha na empresa. “A mãe chegava às 6h30 na empresa, amamentava e ficava com a filha. Por volta das 18h30 deixava a criança dentro da caixa de papelão, sozinha, na empresa e só voltava a alimentar a bebê no dia seguinte”.
No depoimento, a jovem disse que abandonou a filha por ter muito medo de seu padrasto, que segundo ela é agressivo e por conta disso, ele e sua mãe não sabiam da gravidez. Mesmo dizendo que a família do pai da criança tinha conhecimento de sua gestação, a jovem alegou que deixou a filha em frente à empresa, esperando que alguém ajudasse.
Conforme Santiago, a quando foi lhe perguntado o motivo dela, como mãe, não ajudar a própria a filha, a jovem chorou. A recém-nascida continua sob os cuidados do Conselho Tutelar de Campo Verde.
A mãe da criança, que não teve o nome divulgado, irá responder por abandono de incapaz. Agora o caso segue para Justiça, que determinará sobre a guarda da criança.