O projeto piloto da identidade digital deve emitir 100 mil documentos até o final do ano, segundo o diretor do INI (Instituto Nacional de Identificação), da Polícia Federal, Marcos Elias Cláudio de Araújo. Contudo, a nova identificação digital deve levar nove anos para atingir os mais de 190 milhões de brasileiros, de acordo com a Agência Brasil.
A identidade não substituirá o documento atual, por enquanto. O novo documento terá uma numeração diferenciada que, com o tempo, substituirá a antiga. Com o novo documento, os estados e o Distrito Federal passarão a acessar um banco de dados nacional, no qual serão incluídas as informações essenciais e as impressões digitais de cada pessoa.
Ele funcionará como um cartão de crédito. O cartão será inserido dentro de uma máquina e a pessoa colocará a impressão digital. Dessa forma, caso o cartão seja perdido ou furtado, não poderá ser utilizado por outra pessoa.
"Cada um de nós portamos cédulas de identidade iguais às feitas no início do século passado. Esse é um documento mais moderno e mais seguro. O documento de identidade brasileiro é um dos mais atrasados dentre os países da América do Sul", afirmou o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto.
Eleições
Segundo o diretor do INI, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) quer que o cartão seja utilizado nas próximas eleições.
"Isso possibilitará fazer uma eleição desvinculada da urna, ou seja, o eleitor poderá votar em qualquer parte do País", afirmou Araújo.