A gerência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) de Sinop, aponta que, pelo menos 75% dos 15 mil metros cúbicos de madeiras apreendidas na megaoperação de repressão ao desmatamento, entre abril e junho, em Mato Grosso, ainda não foram remanejados. À época base da operação no Estado, o gerente executivo da gerência sinopense, Evandro Selva, afirmou, ao Só Notícias, que muitas ainda dependem da conclusão dos processos administrativos ou decisões judiciais.
Evandro destacou que, as madeiras ainda não remanejadas, estão nos locais de apreensão, tendo como fiéis depositários os próprios proprietários autuados (que não podem utilizá-las). Ainda, prefeituras e gerências do Ibama, como em Juína e Barra do Garças e, bases operacionais de Alta Floresta, Aripuanã e Vila Rica. Não há previsão de liberação ou destinação final, porque, isso varia de processo para processo.
O gerente explicou que, os outros 25% das madeiras apreendidas foram doados, sendo parte para a prefeitura de Sinop, mas isso não se restringiu somente ao Estado. 100 metros cúbicos por exemplo, foram repassados para a prefeitura de São Domingos do Sul (RS) utilizar na reforma e ampliação do hospital do município, representando cerca de 20% dos custo da obra.
A operação foi lançada pelo governo federal depois da constatação de grande índice de devastação na Amazônia legal em Mato Grosso. Envolveram-se também o governo do Estado, Exército, polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar. O saldo foi de pelo menos R$ 500 milhões e multas e 60 mil hectares embargados.