Durou cerca de uma hora a reunião entre a Coordenação de Fiscalização do Ibama e representantes da sociedade civil organizada de Alta Floresta. A proposta era saber do coordenador Leslie Nelson Tavares, os objetivos da operação desencadeada em todo o Norte do Estado desde o fim de semana.
No encontro, os altaflorestenses manifestaram a preocupação com mais uma ação do Ibama na região. Recentemente, houve denúncias de ação ‘truculenta’ por parte de fiscais do órgão, gerando registros na Polícia Civil e reclamação por parte de autoridades, como o governador Blairo Maggi e o senador Jaime Campos.
O coordenador de fiscalização Leslie Tavares explicou que ação faz parte do projeto de combate ao desmatamento na Amazônia e já estava traçada no cronograma de trabalhos do Ibama na região. Ele destacou que o objetivo é frear o ritmo de desmatamento na região, que tomou rumo assustador a alguns anos.
Também ressaltou a importância de estar expondo à comunidade as formas de trabalho, o que beneficiaria a atuação dos fiscais. Também enfatizou que o uso de armas faz parte do esquema de segurança de equipe, já que nas ações é comum a apreensão de armamento ilegal.
Sobre os incidentes registrados na polícia, Leslie disse desacreditar que os fiscais teriam agido de forma truculenta, quebrando faróis e lanternas de caminhões. Segundo ele, o Ibama averiguou a denúncia e não comprovou o que afirmado pelas pessoas autuadas. “A história que chegou pra gente é que foi usado um extintor de incêndio, e muitos caminhões toureiros, e a maior parte desses caminhões toureiros nem tem esse equipamento no veículo, diga-se a verdade, e que existe uma orientação de determinadas pessoas para que se façam uma chuva de boletins de ocorrência pra inibir nosso trabalho e a gente nessa operação está demonstrando que isso não vai paralisar as atividades”, ressaltou.
O presidente da Câmara de Alta Floresta, Paulo Florêncio, disse que a reunião trouxe poucas novidades sobre os motivos da operação. Ele ressaltou que o objetivo foi em garantir aos proprietários rurais e madeireiros mais tranqüilidade. O uso de armamento foi criticado pelo coordenador do Codam, Paulo Moreira. “Isso aí às vezes traz uma certa revolta na população que não é bandida”, lamentou.