O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou R$ 242 milhões em multas na operação Onda Verde, no primeiro semestre, em Mato Grosso. O balanço, divulgado hoje, pelo órgão aponta que 55 mil hectares foram embargadas, além de terem sido lavrados mais de 80 termos de apreensão, incluindo uma aeronave, 45 tratores, 22 caminhões, sete colheitadeiras e mais de 200 toneladas de grãos.
A operação foi deflagrada em fevereiro, em seis locais estratégicos com riscos de desmatamento ilegal na Amazônia. Segundo o Ibama, dezenas de agentes de fiscalização, com o apoio da Força Nacional e do Batalhão da Policia Ambiental, participaram das ações que concentraram nas bases de Sinop e Juína. Mais de 400 polígonos de desmatamento apontados pelo sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que funciona a partir de imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram vistoriados. Outras duas bases vão ser instaladas (em Marcelândia e Feliz Natal) com a Operação Hiléia Pátria, iniciada este mês, que tem participação do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e do Exército Brasileiro por tempo indeterminado.
A assessoria do Ibama informou que todas as pessoas e empresas que participaram da produção, armazenamento e comercialização de grãos produzidos em áreas embargadas foram ou serão autuados por participarem de crime ambiental. O órgão tem recebido apoio prefeituras para facilitar a destinação dos bens apreendidos. Dos grão por exemplo, grande parte foi doada para programas sociais e para merenda escolar.
Conforme o órgão, empresário que querem trabalhar com madeira na legalidade têm sido os primeiros a procurar o Ibama para fazer o recadastramento obrigatório no CTF/APP – Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras – que começou no dia primeiro de julho.