O horário brasileiro de verão começa no dia 14 de outubro. À zero hora de domingo desse dia os relógios deverão ser adiantados em uma hora, e devem ficar assim, até 16 de fevereiro do ano que vem, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste.
Desde 1985 o horário é implantado na segunda quinzena de outubro. Excepcionalmente no ano passado, a pedido do Tribunal Superior Eleitoral, ele foi adiado por 3 semanas, por causa do segundo turno das Eleições.
Mesmo após 37 anos de implantação, o novo horário ainda provoca polêmica entre os brasileiros. A geógrafa Adriana Chelb diz porque prefere a mudança: “Acho muito bacana, principalmente quando eu saio do escritório ainda está claro, eu tenho tempo e ânimo para caminhar, e para resolver coisas pessoais que quando não é o horário de verão eu tenho desânimo para fazer. Eu tenho mais disposição, é muito bom mesmo”, enfatiza.
Já o técnico em telecomunicação José Roberto Rodrigues não gosta do horário, e uma das razões é a questão de segurança ao sair de casa. “Eu não gosto do horário de verão porque atrapalha a minha rotina, me sinto com pouca segurança, porque saio de casa muito cedo e ainda está escuro. A iluminação das ruas por onde passo é precária e acabo me cansando e me desgastando mais”, reclama o técnico.
O lavador de carros Cássio Oliveira Cardoso também reclama: “De manhã é ruim para levantar, até a pessoa se acostumar fica difícil. E quando já estamos acostumando ao novo horário, acaba”.
A implantação do horário de Verão tem como principal meta a redução do consumo de energia nos horários de pico de carga do sistema elétrico brasileiro. A associação de fatores como a mudança no comportamento dos consumidores e o término do expediente de trabalho mais cedo,ainda com luz natural, e o retardo do início da utilização pública de luz reduz o consumo de energia elétrica.
De acordo com o Secretário de Energia do ministério de Minas e Energia, Ronaldo Schuck, a economia que o país fará durante os quatro meses é muito significativa. “A exemplo dos anos anteriores, devemos ter uma redução no consumo de algo próximo a 5% no período da noite, que é quando efetivamente se justifica a implantação do horário de verão”.
Isso, explica, somados os estados que estão submetidos ao horário, significa uma economia de 2 mil MW, o que equivale a produção de 3 turbinas de Itaipu.
Além do Distrito Federal, o horário de verão abrange os mesmos Estados dos últimos dois anos, sendo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Nesses estados é possível um aproveitamento maior da luz solar nessa época do ano. A mudança de horário no período de verão é um recurso adotado por diversos paises do hemisfério Norte (de março a outubro) e do Hemisfério Sul (outubro a março). Entre eles, muitos da Europa, os Estados Unidos, Rússia, Austrália, Nova Zelândia, Chile, Paraguai e Uruguai.