O homem que testemunhou e gravou a agressão de uma enfermeira contra um cachorro da raça Yorkshire se apresentou na manhã desta segunda-feira na Delegacia Distrital de Polícia Civil de Barra do Garças (500 km de Cuiabá) para prestar depoimento. Claudemir Rodrigues Maciel foi convocado depois que a unidade recebeu a solicitação da Polícia Civil de Formosa (GO), que investiga o caso.
As imagens de uma enfermeira agredindo o Yorkshire, na presença da filha, de 3 anos, repercutiram nas redes sociais e mobilizaram a opinião pública. Com base nas cenas de brutalidade, a vereadora Heloísa Helena (Psol) formalizou na sexta-feira, no Ministério Público de Goiás, a denúncia de maus-tratos.
Claudemir afirmou que começou a filmar as agressões ao ser acordado pelos latidos do cachorro. Ele passava o fim de semana no apartamento da madrinha da filha, que é vizinha da enfermeira. Ele admitiu que já tinha conhecimento das agressões da enfermeira ao animal e, por isso, decidiu gravar a cena. Ele ainda filmou o cão vivo no dia seguinte. O animal estava molhado, na área de serviço.
Durante o ato, a mulher arremessa o animal para o alto e o prende dentro de um balde. Com a agressão, o cachorro não resistiu aos ferimentos e morreu. Toda ação é presenciada por uma criança, que permanece no mesmo espaço.
Segundo a Polícia Civil, a enfermeira identificada como Camila Correa Alves de Moura teria prestado um depoimento informal e o inquérito está em fase de conclusão. “A advogada disse que a Camila estava estressada e com problemas”, conta o delegado Carlos Firmino, responsável pelo caso.
De acordo com Firmino, essa não foi a primeira vez que o cão foi agredido. “Existem mais filmagens de outros dias. Estamos tentando consegui-las para acrescentarmos à investigação”, afirma.
A criança que presenciou as cenas fortes deve passar por uma avaliação psicológica. “Chamamos psicólogos para conversar com a garota e também mandamos intimar o marido de Camila”, diz Firmino.
Veja as imagens postadas no You Tube com as agressões
