O delegado João Bosco Ribeiro Barros, da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa, responsável pela investigação da morte de um pedreiro, de 53 anos, encontrado hoje, dentro de uma fazenda de João Arcanjo Ribeiro, na BR-163, em Várzea Grande informou, ao Só Notícias, que possivelmente a morte ocorreu em função de afogamento.
De acordo com a versão do irmão da vítima, que também estava na fazenda, ele correu porque ouviu barulho de tiro e o pedreiro ficou para trás. Porém a hipótese de o pedreiro ter sido baleado foi descartada, já que o laudo preliminar do Instituto de Medicina Legal consta que havia areia no pulmão. "Os indícios levam a crer que ele foi intencionalmente afogado, já que havia uma quantidade razoável de areia no pulmão da vítima e acidentalmente ele iria boiar e não afundar", explicou o delegado.
Conforme o delegado, no corpo da vítima não havia sinais de agressão. O pescador teria invadido a propriedade pela parte dos fundos, junto com o irmão e um amigo. É investigada a versão que eles tentaram furtar peixes e foram surpreendidos com tiros em sinal de alerta.
Os familiares e funcionários da fazenda serão ouvidos pelo delegado na próxima semana. A fazenda é de propriedade de João Arcanjo Ribeiro, acusado de comandar um esquema de jogo do bicho e envolvimento com crimes de pistolagem em Mato Grosso. O local já foi palco da chacina de quatro pessoas, em 2004, que entraram na propriedade para pescar.