Eder Ramos Fermino foi condenado a 14 anos de prisão por envolvimento no assassinato de Bruno Fernando Dias da Silva, de 30 anos. O capataz foi executado com um tiro nas costas, em junho do ano passado, em uma fazenda localizada na região da comunidade Tapaiuna, em Nova Canaã do Norte (205 quilômetros de Sinop).
O réu foi submetido a júri popular e os jurados, por maioria, entenderam que ele cometeu o crime por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Com a decisão, a sentença foi calculada e fixada pelo juiz Ricardo Frazon Menegucci.
O magistrado ainda decidiu que Éder deverá cumprir a pena em regime fechado. Desta forma, o homicida permanecerá preso e ainda pode recorrer da decisão. Além dele, outro homem também é suspeito de cometer o crime. Como o processo dos dois réus foi desmembrado, já que um está foragido, a Justiça decidiu pelo júri em apenas um deles.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, os dois trabalhavam na propriedade e Bruno teria decidido demitir um dos suspeitos (o que atirou). Já Eder, em solidariedade ao colega de trabalho e também porque já possuía um desentendimento anterior com o capataz, também resolveu pedir demissão.
“Outrossim, os réus se imbuíram de extremo sentimento de insatisfação pelo crescimento profissional do ofendido, vindo até mesmo a criticar o trabalho exercido por ele, que havia iniciado como ‘peão’ e conseguido galgar a função de capataz em curto espaço de tempo”, consta em trecho da decisão judicial, que mandou Éder a júri popular.