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Greve nos Correios completa 12 dias e negociações não tiveram avanço

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A greve dos servidores dos Correios completa doze dias, hoje. Ela iniciou no dia 30 de janeiro e, até o momento, não houve nenhum avanço nas negociações entre os profissionais e a empresa. O representante do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Correios, Telégrafos e Servidores Postais (Sintect-MT), Elizeu Barbosa da Silva, disse, ao Só Notícias, que a categoria não foi convocada sequer uma vez para reuniões, como tentativa de negociar o fim da paralisação. Por conta disso, afirmou que a mobilização parcial permanece sem previsão de término.

Elizeu explicou ainda, que a situação nas cidades do Nortão que aderiram ao movimento nacional é a mesma. Em Sinop, a entrega de correspondências permanece suspensa, sendo feita apenas em casos que envolvem encomendas ou documentos que são enviados com certa urgência. Dos atuais 20 carteiros que atendem nas duas agências da empresa, apenas cinco continuam trabalhando. Já o atendimento nos dois locais continua normalmente.

Em Lucas do Rio Verde, os carteiros estão todos de braços cruzados desde o dia 5. Dos cinco atendentes, apenas três continuam trabalhando, mais o gerente, um tesoureiro e um supervisor.

Já em Alta Floresta, cerca de 95% dos trabalhos estão paralisados. Dos sete profissionais de entrega que trabalham na agência da cidade, apenas um mantém as atividades, e dos seis atendentes, cinco também pararam de trabalhar.

Em Sorriso, a última cidade do Nortão que aderiu ao movimento, no dia 6, dos 15 profissionais de entrega que atuam no município, sendo três terceirizados, oito estão sem trabalhar. O atendimento nas duas agências segue normalmente.

Conforme Só Notícias informou, na sexta-feira (7), o ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinou, por meio de liminar, que pelo menos 40% dos empregados permaneçam em atividade em cada uma das unidades da empresa.

Além disso, fixou multa diária de R$ 50 mil, a ser paga pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares, em caso de descumprimento da decisão. A medida atendeu parcialmente ao pedido de liminar interposto pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que queria permanência mínima de 80% do pessoal no trabalho.

Apesar da decisão, Elizeu Barbosa afirmou que, em Mato Grosso, ainda pode haver mais adesão de profissionais ao movimento, nos próximos dias. Através de nota, os Correios tem informado que não haverá mudança alguma no atual plano de saúde dos trabalhadores, sendo este um dos pontos questionados pela categoria. "Nenhuma mensalidade será cobrada, os dependentes regularmente cadastrados serão mantidos e o plano de saúde não será privatizado. Todas as condições vigentes do CorreiosSaúde serão mantidas, os percentuais de coparticipação não serão alterados e os trabalhadores dos Correios não terão custos adicionais".

Os profissionais também querem mudar o horário de entrega de cartas, apenas para a parte da manhã. Eles cobram ainda, que a empresa cumpra alguns pontos do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) que estariam sendo descumpridos, como, por exemplo, o direito a um reajuste anual (porcentagem não informada), referente ao tempo de serviço ou à méritos dos servidores. Não houve posicionamento dos Correios à estas reivindicações, até o momento.

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