
Na nota, a prefeitura afirma que sempre esteve disposta a negociar com o sindicado e cita que já atendeu a outros itens da pauta de reivindicação, mas justifica que está presa pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), alegando que pode ultrapassar o limite prudencial com a folha de pagamento, caso conceda o reajuste de uma só vez.
“Em relação ao reajuste de 6,81% referente ao piso nacional do magistério, foi proposto à categoria a concessão de 2% de imediato e 4,81% em maio, após o fechamento do balancete do quadrimestre, ambos com efeitos retroativos a janeiro de 2018, cuja proposta não foi aprovada em assembleia, sob a alegação de haveria necessidade de uma data pré-definida para o fechamento da proposta. Novamente em uma reunião imediatamente posterior, entre o Poder Executivo Municipal e os membros da diretoria do Sintep, a equipe econômica da prefeitura, juntamente com o secretário de Administração e a secretária de Educação elaboraram uma proposta com reajuste de 2% de imediato, mais 2% no mês de maio e 2,81% no mês de setembro após o fechamento dos balancetes dos primeiro e segundo quadrimestre de 2018, respectivamente, condição esta necessária para verificação do limite prudencial estabelecido pela LRF”, diz a nota.
O Sintep negou a proposta alegando que apenas a primeira parcela do pagamento estaria garantida. As outras dependeriam dos ajustes de contas da prefeitura. "O prefeito fez novamente a mesma proposta, que não nos dá garantias do recebimento da recomposição. Decidimos manter a greve até que seja apresentada uma proposta concreta para o pagamento dos 6,81%", afirmou ao site do Sintep a presidente da subsede de Colíder, Edina Martins.
A prefeitura judicializou o caso e o Tribunal de Justiça declarou a greve ilegal e determinou o retorno das aulas. No entanto, o presidente do Sintep, Henrique Lopes, declarou ao site da categoria que acredita na legalidade da paralisação. "A lei do piso é federal e foi considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal e os prefeitos e governadores têm a obrigação de cumprir. Os educadores se dispuseram a negociar, inclusive com a possibilidade de parcelamento do percentual, mas a prefeitura quer condicionar o pagamento ao cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, sem nenhuma garantia”, lamentou.
Professores devem se reunir novamente para definir o futuro da greve.


