A greve dos professores da Universidade Federal de Mato Grosso completa um mês nesta sexta-feira (15) e recebeu o apoio da reitora Maria Lúcia Cavalli Neder, que considera o movimento justo, e do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), órgão deliberativo máximo na universidade para assuntos pedagógicos, de diversos movimentos sociais e entidades internacionais.
De acordo com a assessoria, os professores dos cursos de pós-graduação também aderiram ao movimento. Estão parados o mestrado de Política Social e o mestrado e doutorado do Instituto de Educação (IE). Durante esse mês, servidores técnico-administrativos e estudantes de diversas instituições também entraram em greve.
Ainda segundo a assessoria, o Governo Federal que havia se negado negociar com grevistas, diante da força do movimento, foi obrigado a recuar e já recebeu a categoria duas vezes, que foi representada pelo Comando Nacional de Greve (CNG) e da diretoria do ANDES-SN. A última reunião realizada, ontem, durou mais de três horas e a próxima foi marcada para a terça-feira (19), quando o governo deverá apresentar uma proposta.
Conforme Só Notícias já informou, a categoria cobra que sejam incorporadas as gratificações ao vencimento de forma a garantir remuneração integral e uniforme do trabalho prestado pelo professor de mesmo nível da carreira, mesmo regime e mesma titulação; piso remuneratório de R$ 2.196,74 (valor do salário mínimo calculado pelo Diesse para 1º de janeiro de 2011) para docente graduado, em regime de trabalho semanal de 20h, na posição inicial na carreira; interstício de 5% entre os níveis da carreira; relação entre os regimes de trabalho que importe em acréscimo de 100% para o regime de trabalho de 40h, e de 210% para o regime de Dedicação Exclusiva, tendo como referência o regime de trabalho de 20h, integrando a remuneração unificada.