O fim da greve dos Correios poderá ser determinado na próxima terça-feira (8), quando está marcado o julgamento do dissídio no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O relator será o ministro Fernando Eizo Ono, que irá decidir se os trabalhadores deverão retomar as atividades, qual será o reajuste aplicado aos salários e como deverá ser a reposição dos dias parados.
A greve dos funcionários dos Correios será julgada pelo TST porque a empresa e os trabalhadores não chegaram a um acordo em relação às condições de reajuste salarial. A empresa ofereceu um reajuste de 8% nos salários e 6,27% a mais nos benefícios, além de vale-extra de R$ 650 em dezembro e vale-cultura dentro das regras do programa do governo federal.
Entre as reivindicações da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) estão aumento real de 15% e aumento linear de R$ 200, além da entrega de correspondências pela manhã em todo o país e jornada de seis horas para os atendentes. Na semana passada, alguns sindicatos enviaram uma contraproposta, que não foi aceita pelos Correios.
Segundo os Correios, hoje (1º), 93,35% dos empregados (116.191) estão trabalhando normalmente. A empresa informou que vai descontar os dias parados dos trabalhadores que continuam em greve. Na próxima quinta-feira (3) a empresa vai pagar a diferença do reajuste de 8% referentes aos meses de agosto e setembro para cerca de 40 mil trabalhadores dos sindicatos que assinaram o acordo coletivo de trabalho e não estão em greve.
A empresa informa que a rede de atendimento está aberta em todo Brasil e todos os serviços, inclusive o Sedex e o Banco Postal, estão disponíveis – com exceção da postagem, entrega e coleta de encomendas com hora marcada nos locais com paralisação deflagrada. Nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Bauru/SP e nos estados do Rio Grande do Norte, de Rondônia, do Amapá e de Tocantins não há paralisação.
A Fentect está convocando os trabalhadores para um ato público na próxima quinta-feira (3) em frente à sede da empresa, em Brasília. Segundo a entidade, está confirmada a vinda de ônibus de diversos estados para a mobilização. Os sindicalistas estão sendo convocados para trazer faixas e material de divulgação da greve, além de barracas e infraestrutura para permanecer em Brasília pelo menos até a próxima semana.