A greve dos bancários de Mato Grosso completa hoje sete dias. De acordo com dados do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), já são 217 agências paralisadas em todo Estado. Até o momento não houve sinalização da Federação Nacional dos Bancos para a retomada das negociações.
Os municípios com agências paralisadas são Cuiabá, Várzea Grande, Poconé, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Lucas do Rio Verde, Nobres, Chapada dos Guimarães, Santo Antônio do Leverger, Rosário Oeste, Tangara da Serra, Sinop, Sorriso, São Jose dos Quatro Marcos, Rio Branco, Vila Bela Santíssima Trindade, Nova Mutum, Alta Floresta, Barra Do Bugres, Pontes e Lacerda, Mirassol D" Oeste, Arenápolis, Juína, Comodoro, Nortelândia, Araputanga, Nova Olímpia, Jauru, Rondonópolis, Pedra Preta, Campo Verde, Jaciara, Alto Araguaia, São Felix Do Araguaia, Confresa, Barra do Garças e Ara Garças.
O presidente do sindicato, José Guerra, afirma que a categoria está cada vez mais unida e que a adesão dos municípios está aumentando. "Já somamos mais de uma semana, novas cidades de Mato Grosso entraram para o quadro de paralisação. Nossa atuação será intensa, estamos firmes aguardando um posicionamento dos bancos que só pensam nos lucros bilionários e se esquecem da população e da categoria".
No sexto dia da greve, os bancários ampliaram a paralisação fechando 9.665 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em todo o país e realizaram passeatas em várias capitais.
A luta dos bancários é por mais segurança nas agências, reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários, fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.