A greve dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) tem acarretado prejuízos para as autoescolas, que em média tiveram uma queda de 50% na abertura de novos contratos. A suspensão dos serviços também atinge os motoristas que dependem de renovações da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para trabalharem. Hoje, o sindicado da categoria se reúne com o secretário da Casa Civil, Paulo Taques, para tentar resolver o impasse.
A greve começou no dia 26 de outubro, com o objetivo de forçar o governo do Estado a convocar os aprovados no último concurso público da autarquia. A presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento de Trânsito de Mato Grosso (Sinetran-MT), Daiane Renner, reclama que os trabalhos nas unidades do Detran estão prejudicadas com a falta de efetivos.
A queixa da sindicalista se estende aos proprietários das autoescolas. Conforme a representante do Sindicato dos Centros de Formações de Condutores (SindCFC) Nicéia de Arruda, os processos parados aumentam o tempo de espera para a emissão do documento e tumultua os trabalhos das empresas. "O prejuízo é muito grande, pois ainda temos perdas acumuladas da outra greve. Eles até fizeram um novo calendário na época, mas não foi possível cumprir porque não tem funcionários".
Nicéia também é proprietária de uma autoescola na Capital e afirma que há cidades do interior que emitiram apenas duas CNH este ano. "Tem lugar em que se faziam oito habilitações por ano, hoje não alcançaram nem a metade, como a o município de Juara".
Paulo César Santana da Silva, lida diretamente com as dificuldades acarretadas pela greve. Como gerente de uma de uma autoescola em Cuiabá, ele revela que os mais prejudicados são os estão na fase final do processo de emissão da CNH e motoristas profissionais. "Com a suspensão dos testes práticos, alguns alunos suspendem as aulas, pois preferem concluir perto da avaliação. Mas os que perdem mais são aqueles que esperam renovações ou mudança de categoria".