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Governo do Estado deve R$ 9,7 milhões ao Pronto Socorro de Cuiabá

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Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa visitou o Pronto Socorro de Cuiabá (PSMC) nesta quinta-feira e encontrou 121 pacientes internados nos corredores da unidade, sendo 60% deles ortopédicos e a menor parte de alto grau de complexidade. Encontrou ainda problemas estruturais históricos, que não foram detalhados, mas que impedem a direção da unidade de cadastrar junto ao Ministério da Saúde o Núcleo de Segurança do Paciente, que tem a função de garantir uma cultura hospitalar que respeite regras vigentes como, por exemplo, o uso de luvas descartáveis nos procedimentos.

A visita ocorre ainda no contexto da morte do paciente Marcos Antônio Nascimento, 46, que faleceu dia 16 de junho, no PS, após equipe médica amputar a perna errada dele e depois ter que retirar a outra, o que resultou em óbito. Diante desta situação limite, que se agrava há pelo menos duas décadas, o presidente da comissão, deputado estadual Dr. Leonardo (PSD), que é médico, ressaltou ainda que o Estado não repassa recursos à unidade desde março deste ano, e o acúmulo a ser repassado já é de R$ 9,7 milhões.

“Repasse é necessário, mas tem ações aqui dentro que vão além da Secretaria Estadual, de educação para saúde, junto ao Detran, para diminuir número de acidentes. São situações que não demandam só dinheiro, mas articulação”, ameniza o deputado.

Segundo ele, a visita da comissão não serve para denunciar o caos do PS, mas ajudar a achar soluções. “O cidadão já está sofrendo”, diz o deputado, afirmando que o problema já está “sangrando” e que é preciso estancar a sangria.

O número de pacientes nos corredores do PS, conforme a comissão, expõe a falta de leitos públicos na capital e interior, até mesmo privados. “Isso é real”, reafirma o deputado Dr. Leonardo. Há críticas também à cadeia na área da saúde, que, segundo ele, está dispersa por má gestão.

A secretária-adjunta de Saúde de Cuiabá, Maria Salete Ribeiro reconhece as muitas dificuldades do PS, mas ressalta que esta é a única unidade de saúde para onde os pacientes vão e sabem que não ficarão do lado de fora. Isso, segundo ela, tem consequências, que vão desde funcionários sobrecarregados, o que gera intolerância, a questões mais delicadas, como o caso da perna amputada por equívoco. Ressalta, no entanto, que neste caso, antes de condenar o médico, é preciso aguardar as investigações.

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