O presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil (Siagespoc-MT), Cledison Gonçalves da Silva, afirmou que o governo do Estado já iniciou o corte do ponto dos servidores que permanecem no movimento grevista em Mato Grosso. Apesar desta medida, vista como uma forma de “forçar” os policiais a retornarem ao trabalho, o presidente do sindicato afirma que o movimento não será encerrado.
Ao contrário, o sindicato já está tomando as medidas judiciais cabíveis para tentar reverter a decisão que decretou a ilegalidade da greve da categoria. No entanto, ele não disse quando este medida deve ser protocolada. Ao Só Notícias, ele disse que não concorda com a atual justificativa de que o governo só irá retomar as negociações com a categoria se eles voltarem ao trabalho. Para Cledison, o governo do Estado teve muito tempo para negociar antes mesmo dos policiais decidirem aderir ao movimento grevista, mas não aceitou sentar com a categoria para propor um reajuste.
Enquanto isso, apenas 30% dos investigadores e escrivães mantém os serviços essenciais nas delegacias espalhadas pelo Estado. Os policiais, conforme Só Notícias informou, estão em greve desde o dia 1º de julho, quando as categorias pleiteavam a equiparação dos salários com a dos peritos, que é de R$ 6 mil inicial. Atualmente, o salário aplicado é de R$ 2,3 mil para início de carreira. Os investigadores e escrivães consideraram “indecente” a última proposta salarial apresentada pelo governo do Estado, que previa salário de R$ 2.460 a partir de dezembro deste ano, para iniciantes, chegando, em maio de 2014, a R$ 3.274.49.
