Gestantes articulam o protesto para segunda-feira (18), às 15h30, em frente a unidade médica, cobrando providências políticas para que os partos que não ocorrem há pelo menos dois meses, sejam retomados. Os médicos alegam falta pagamento para pediatras e ginecologistas. Sem receber, os profissionais suspenderam as atividades.
Uma das gestantes envolvidas na organização apontou indignação com a situação e também com a falta, segundo ela, de mobilização política local e estadual para que o problema seja resolvido. “Não mostram interesse na situação”. Estima-se que cerca de 300 bebês deixaram de nascer na unidade e as grávidas da cidade estão sendo encaminhadas aos hospitais de Alta Floresta ou Sinop.
O governo estadual divulgou nota, hoje, informando que a neonatologia teve os serviços suspensos em julho de 2015 após o fechamento da UTI neonatal, em virtude da falta de alguns equipamentos. Em decorrência disso a pediatria suspendeu o atendimento, em novembro, o que afetou igualmente a área de ginecologia e obstetrícia. Por precisar do profissional pediatra para recepcionar as crianças durante os partos, os médicos ginecologistas e obstetras também pararam o atendimento no mesmo mês.
A secretaria estadual de Saúde também garantiu que todos os pagamentos do ano passado foram realizados dentro da legalidade e do prazo necessário. No entanto, apontou que em relação ao pagamento do serviço de UTI neonatal, esse foi suspenso após a secretaria receber uma denúncia de que os médicos estariam cobrando por serviços que não foram prestados, uma vez que o setor foi fechado em julho devido à falta de alguns equipamentos.
Diante da situação, a pasta suspendeu o pagamento dos médicos neonatologistas, referente aos meses de agosto, setembro e outubro de 2015, e encaminhou a documentação para a auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS). Por este motivo, a Secretaria de Saúde aguarda parecer da auditoria, que está analisando a legalidade dos pedidos de pagamento dos médicos neonatologistas.