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Gerente do Ibama Sinop diz receber ameaças de morte

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O gerente executivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis de Sinop (Ibama), Evandro Selva, disse receber ameaças. Ele afirmou, ao Só Notícias, que a última foi na semana passada, da qual teve conhecimento a partir de terceiros. Os casos já foram levados ao conhecimento da superintendência do órgão em Mato Grosso, sediada em Cuiabá, e também da sede nacional, em Brasília (DF).

Evandro afirmou acreditar que as ameaças sejam retaliações em decorrência das ações dos agentes na região. “Isso acontece geralmente para intimidar o trabalho do Ibama. Pessoas descontentes porque acabam tendo os negócios [ilegais] prejudicados. Mas não vamos parar [os trabalhos desenvolvidos pela gerência]. Somos pagos para isso”, disse, ao acrescentar que “é resultado do conjunto de um trabalho de vários anos, mas já esperávamos”.

Selva destacou que não é a primeira vez que recebe ameaças. No ano passado, confirmou que agentes foram ameaçados em frente a um hotel, durante uma operação em Cláudia (90 km de Sinop). “Inclusive ameaçaram até o pessoal do restaurante. Se servissem comida aos agentes, iriam “abrir fogo” no local”. Ele também lembrou outro caso, em Apiacás, em 2009. “Estávamos em um posto e, alguém chegou dizendo que havia uma emboscada para o lugar que estávamos indo. Acionamos a Polícia Federal”.

Em 2007, o gerente também recordou que foi mantido refém por cinco horas, com outros 30 funcionários do Ibama em Paranaíta, durante uma operação que resultou no embargo de madeireiras no município. “Os madeireiros ficaram revoltados, dizendo que as madeireiras não podiam ser embargadas. A população também ficou revoltada. Carros do instituto foram riscados”, disse Evandro.

Apesar dos casos, o gerente afirmou que o órgão tem grande apoio das autoridades policiais, demais órgãos voltados ao meio ambiente e também de prefeituras da região. No entanto, ele chama a atenção para discussão mais abrangente do tema. “Porque os municípios também perdem muito com a evasão fiscal […] e com a repercussão negativa das matérias que vão em nível nacional, dos agentes que prenderam pessoas por extração. É preciso se reunir, unir e mobilizar os prefeitos, a população e os empresários sérios”.

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