A promotora criminal de Alta Floresta Audrey Thomaz Ility disse ao Só Notícias que há possibilidade de que garimpeiros estejam por trás da ação na Pousada Jurumé, em Apiacás. Segundo o depoimento que os turistas gaúchos Luciano Frizon e Juliano Pulita, deram à Audrey antes de embarcarem para Cuiabá, a invasão foi feita por um grupo de índios pintados de preto acompanhados por um homem branco, que dizia ser de uma ONG.
Depois de atacarem o proprietário Ari Carneiro eles foram até a pousada para avisar que os turistas poderiam ficar no local, se quisessem, mas se o dono da pousada voltasse, seria morto. “O proprietário da pousada nos forneceu cópias do documento que comprova que a área não está em reserva indígena. Mas será muito perigoso para ele voltar ao local. Segundo o depoimento dos turistas, os índios não estão na pousada e os funcionários não correm risco, mas devem ser retirados de lá até amanhã”, explicou a promotora.
Uma equipe especializada da Polícia Federal, que vai mediar a saída do grupo de funcionários da fazenda e da pousada que permanecem no local chega hoje em Alta Floresta. Os contatos por rádio estão interrompidos. Desde a tarde de terça-feira, eles cessaram de forma misteriosa.
Os índios argumentam que a pousada foi construída em terras indígenas, o que é negado pelo proprietário Ari Carneiro que estava na pousada quando houve a invasão, foi flexado na perna e, em um avião da Funai que levou mantimentos para a tribo, socorrido a um hospital em Alta Floresta. Ele acredita que os índios tenham agido motivados por garimpeiros que pretendem explorar o parque onde está a pousada.