terça-feira, 23/abril/2024
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GAECO e polícia fazem em Mato Grosso operação Jomeri para prender organizadores do ‘dia do fogo’

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Só Notícias (foto: Só Notícias/arquivo)

Sete mandados de buscas e apreensão, expedidos pelo Poder Judiciário em Colniza (1.042 km de Cuiabá) estão sendo cumpridos neste sábado, na Operação Jomeri. Os alvos são pessoas físicas e jurídicas responsáveis, em tese, pela organização da ação criminosa conhecida como “dia do fogo” para provocar, de forma coordenada, queimadas em áreas de floresta nativa em vários pontos da região. O modo de agir seria o mesmo utilizado há três anos, no Estado do Pará, quando a fumaça gerada por queimadas criminosas percorreu milhares de quilômetros pelo território brasileiro.

A área total das propriedades investigadas ultrapassa 300 mil hectares, dos quais já se constatou um desmatamento de 50 mil hectares. Os envolvidos na ação poderão responder pelos crimes de associação criminosa, desmatamento e queima Ilegal, crime contra a administração ambiental, dentre outros. A investigação começou ano passado.

Além das medidas de busca e apreensão, o Ministério Público do Estado instaurou dezenas de procedimentos de natureza cível, buscando a reparação socioambiental pela degradação já ocorrida. O valor total das indenizações é de R$ 421.7 milhões.

A Operação é um desdobramento da ação fiscalizatória realizada no último dia 05, de forma conjunta pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco Ambiental), promotoria de Justiça de Colniza, delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), delegacias regional de Juína e municipal Colniza, Grupo de Operações Especiais (GOE), Batalhão de Proteção Ambiental da Polícia Militar e Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

Desde a notícia de que ocupantes de uma das fazendas da região promoveriam incêndio criminoso na área,a Sema, por meio da Superintendência de Fiscalização e o Núcleo de Inteligência, Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental e Batalhão de Emergências Ambientais do Corpo de Bombeiros Militar, posicionaram suas equipes na área de forma ostensiva a prevenir e impedir a ação dos infratores, bem como identificar as pessoas ligadas à incitação lesiva ao meio ambiente. Já foram lavrados 18 autos de infração pela prática de desmate ilegal, que correspondem a 50% do desmate para o município de Colniza.

Nos últimos quatro dias, o Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental aplicou em quatro pontos da região multas de R$ 200 mil por quebra de embargo e de R$ 450 mil desmate ilegal, totalizando R$ 650 mil. Ao todo, foram fiscalizados oito alertas.

Em Mato Grosso, o uso do fogo está proibido desde o dia 1º de julho e a vedação segue até o dia 30 de outubro.

O nome da operação (Jomeri) faz referência ao nome do antigo psicólogo que estudou sobre o problema da piromania (caracterizada por atear fogo de forma intencional e compulsivamente) e deu origem a todos os recentes estudos e tratamentos sobre citada síndrome.

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