Os servidores dos Correios de Mato Grosso podem cruzar os braços, por tempo indeterminado, a partir de amanhã. O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Correios, Telégrafos e Servidores Postais (Sintect-MT) aprovou indicativo de greve, aderindo a uma mobilização nacional. De acordo com o representante da categoria em Sinop, Elizeu Barbosa da Silva, outros 16 sindicatos, espalhados por vários estados do país, de um total de 29, também já aprovaram a paralisação.
Hoje, portanto, serão realizadas assembleias, em pelo menos seis cidades de Mato Grosso, sendo Rondonópolis, Cáceres, Tangará da Serra, Barra do Garças, Sinop e Cuiabá. Todas serão às 19h. O objetivo é saber o posicionamento dos servidores e “programar” a greve. “É quase certeza, a partir de amanhã terá greve por tempo indeterminado”, reforçou Elizeu.
A principal reivindicação da classe, segundo o sindicato, é que o plano de saúde, pago pela empresa, não seja “terceirizado” obrigando assim os servidores a se associarem a uma empresa particular. Além disso, querem mudar o horário de entrega de cartas, que atualmente é à tarde, para a parte da manhã. A alegação é de que seria necessário evitar que os empregados fiquem tão expostos ao sol.
Eles cobram ainda, que a empresa cumpra alguns pontos do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) que estariam sendo descumpridos, como, por exemplo, o direito a um reajuste anual (porcentagem não informada), referente ao tempo de serviço ou à méritos dos servidores.
Outro lado
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da empresa, em Mato Grosso, informou que “os Correios estão cumprindo o que foi acordado no Tribunal Superior do Trabalho a respeito do plano de saúde: todos os atuais benefícios estão garantidos, inclusive dependentes cadastrados, porcentagem de compartilhamento, entre outros”.
Além disso, afirmou que a empresa tem se reunido mensalmente com os representantes dos trabalhadores de todo o Brasil na Mesa Nacional de Negociação Permanente. “Assim não há justificativa para paralisações”.
Detalhou ainda, que “de toda forma, os Correios têm preparado um plano de contingência que irá garantir a entrega de cartas e encomendas, bem como o atendimento nas agências, em caso de uma eventual paralisação”.