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Funcionários da DRT em Mato Grosso ameaçam fazer greve

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Sexta-feira chuvosa e os servidores da Superintendência Regional do Trabalho (SRTE) se dividem entre documentos molhados e rodos para conter a água que invade algumas salas. A precariedade acarreta na perda de documentos importantes, como carteiras de trabalho e seguro desemprego.  Por esse e outros motivos, hoje de manhã, o Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso (Sindsep-MT) junto com alguns trabalhadores deram o indicativo de greve para a próxima sexta-feira.

O prédio fica ao lado do Sesc do Porto e por lá passam em média  500 usuários. Além do sucateamento do órgão e da falta de condições de trabalho, os servidores da antiga Delegacia Regional do Trabalho questionam diversos outros problemas, como a disparidade entre os salários de diferentes níveis e também a diferença do reajuste concedido as outras categoria dos setores produtivos da União.

Na ocasião, Rogério Antônio Expedito, diretor da Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) fez os esclarecimentos sobre a pauta de negociação com o Governo, bem como a questão do Plano de Cargo Carreira e Salários (PCCS) e a redução da jornada de trabalho. “Mato Grosso sempre teve uma luta muito grande e tem uma atuação importante em âmbito nacional. Tenho certeza que dessa vez seremos vitoriosos”, disse o líder sindical.

Para o presidente do Sindsep-MT, Carlos Alberto de Almeida, a luta que começa com os trabalhadores resulta também na melhoria do atendimento para toda a sociedade que é punida com a demora no atendimento. Atualmente, para ter a carteira de trabalho, a espera é de no mínimo 15 dias, prazo que poderia ser reduzido para no máximo dois dias.

O sucateamento atinge todos os setores do órgão responsável por fiscalizar as condições de trabalho. A antessala do superintendente, Valdinei Antônio de Arruda, está com infiltração nas paredes. Valdinei  disse que há o projeto para a construção de um novo prédio que atenderia a demanda pelos próximos 30 anos. “O valor dessa obra está em R$ 9 milhões e não temos o recurso, só o terreno doado pelo Estado no Centro Político Administrativo”, comentou.

Outra decisão tomada hoje pelos trabalhadores foi a elaboração de um dossiê que reúne provas da precariedade que além da água que invade os departamentos inclui a falta de espaço físico, computadores defasados, mofo nas paredes, rachaduras e banheiros entupidos. O documento será entregue a bancada federal de Mato Grosso e a Confederação numa audiência que ocorrerá no Congresso ainda esse mês.

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